Carlos Drummond de Andrade Cecília Meireles
Poésies Brésiliennes
Le Brésil et la poésie
La poésie brésilienne est riche complexe , la langue portugaise se prète bien à la poésie et les brésiliens sont maitres en poésie, leurs musique est une des meilleures du monde.Histoire et actualité du Brésil
La poésie Brésilienne
s’exprime au travers d’auteurs comme Carlos Drumont de Andrade Cecília Meireles
Les poèmes et poètes brésiliens sont à découvrir sur poesie-citation.fr
Reparei que a poeira se misturava às nuvens, e, sem pôr o ouvido na terra, senti a pressa dos que chegavam. Disse-me de repente: "Eis que o tropel avança". Mas todos me olhavam como surdos,
Plantaremos estes arbustos que darão flor apenas daqui a três anos. Plantaremos estas árvores
Aquele que aproxima os que sempre estarão distantes e desunidos e separa os que pareceriam para sempre unidos e semelhantes
Poésies Carlos Drummond de Andrade
bebemos cerveja e olhamos o mar.
Sabemos que nada nos acontecerá.
O edifício é sólido e o mundo também.
Sabemos que cada edifício abriga mil corpos
labutando em mil compartimentos iguais.
Às vezes, alguns se inserem fatigados no elevador
e vem cá em cima respirar a brisa do oceano,
o que é privilégio dos edifícios.
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que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
Carlos Drummond de Andrade
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.
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e o sentimento do mundo,
mas estou cheio de escravos,
minhas lembranças escorrem
e o corpo transige
na confluência do amor.
Quando me levantar, o céu
estará morto e saqueado,
eu mesmo estarei morto,
morto meu desejo, morto
o pântano sem acordes.
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estão desfechando tiros no peito.
Do meu quarto ouço a fuzilaria.
As amadas torcem-se de gozo.
Oh quanta matéria para os jornais.
Desiludidos mas fotografados,
escreveram cartas explicativas,
tomaram todas as providências
para o remorso das amadas.
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(docemente pornográficos).
Por que seremos mais castos
que o nosso avô português?
Oh! sejamos navegantes,
bandeirantes e guerreiros
sejamos tudo que quiserem,
sobretudo pornográficos.
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